A Campanha do Quilo
"Nos idos de 1950, eu residia em Campo Grande, Estado de Mato Grosso, onde integrava as fileiras da Mocidade do Centro Espírita Discípulos de Jesus. Naquela época transferiu-se para aquela Cidade o nosso confrade Oli de Castro, que musicou o hino da Alegria Cristã, vindo da cidade de Recife, onde trabalhava na Campanha do Quilo. Em Campo Grande o nosso irmão Oli convocou a Mocidade para organização da dita Campanha e, dentro de alguns dias, eis que nas ruas de Campo Grande, viam-se os trabalhadores visitando os lares." Nympho Corrêa (Campanha de Fraternidade Auta de Souza: Bases e regulamentos, 2. ed., p. 18).
A Idealização da Campanha de Fraternidade
"Em junho de 1952, por força maior, fui obrigado a transferir minha residência para a Capital de São Paulo e lá chegando tornei-me um freqüentador assíduo da Federação Espírita, especialmente de seu então pequeno Departamento de Assistência Social, achando-se em sua direção o nosso prezado companheiro de jornada, Sr. José Gonçalves Pereira. À vista das dificuldades que os irmãos do Departamento enfrentavam para dar assistência às poucas famílias que na época eram assistidas e sentindo também a necessidade de serem abertas novas frentes de trabalho, uma vez que os Espíritas continuavam transmitindo suas mensagens em ambiente fechado ao invés de levá-las ao encontro das almas necessitadas e ávidas de novos conhecimentos, isto é, levar às residências a mensagem de amor, de felicidade e de beleza que há muito a Revelação Espírita nos vêm proporcionando, através de nosso muito querido médium Francisco Cândido Xavier, e bem assim dar a oportunidade aos lares de prestarem a caridade, dando-nos a sua sobra, é que concluí que só uma campanha de rua viria suprir aquelas necessidades. Assim, então deliberei organizar a campanha do quilo, mais bem estruturada e melhor organizada e padronizada, a fim de que crescesse e se fortificasse não só em São Paulo, mas em todo o Brasil. Em 3 de fevereiro de 1953, às 20:00 hs, em uma das dependências da Federação Espírita, à Rua Maria Paula, 158, reuni alguns amigos e expus a minha idéia de criação da campanha, a qual seira denominada de Campanha de Fraternidade; sendo estudada carinhosamente pelos companheiros, foi aprovada e marcado seu início para daí a um mês, ou seja, em 3 de março de 1953." Nympho Corrêa (Campanha de Fraternidade Auta de Souza: Bases e regulamentos, 2. ed., p. 18-19).
A Campanha de Fraternidade passa a levar o nome de Auta de Souza
"Após vencidas as primeiras lutas chegavam de Pedro Leopoldo, por intermédio de nosso muito querido Francisco Cândido Xavier, os primeiros incentivos do Alto, partido de um coração amoroso, cheio de boa vontade, o de Auta de Souza, em mensagens encorajadoras, concitando os caravaneiros a se unificarem no trabalho perseverante de levar aos lares a palavra amiga, a mensagem esclarecedora referente à Boa Nova de Jesus, no 'Ide pois, dois a dois e pregai o meu Evangelho' e também nos assistindo, nos inspirando e nos amparando nas lutas em prol da continuidade dos trabalhos. Daí surgiu a idéia de dar seu querido nome à Campanha, passando, assim, a se denominar 'Campanha de Fraternidade Auta de Souza'. Das muitas mensagens que ela nos encaminhou, destaco as primeiras que são: Vem e Ajuda, Agora, Escuta, Bendita Sejas, Divide, Migalha, Oração de Hoje, Pensa, Sublime Encontro, Aos Caravaneiros do Bem." Nympho Corrêa (Campanha de Fraternidade Auta de Souza: Bases e regulamentos, 2. ed., p. 19).